segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

O verdadeiro “demônio”


Muitas crenças definem “espíritos baixos”, “demônios” e outras trenguices como supostos culpados por toda miséria e desgraça na terra.
Meu caro leitor, minha intenção não é divagar sobre a existência ou não de tais seres ou de suas influencias, quero me ater ao “common ground”.
Afinal, qual é a melhor forma de se eximir de culpas? colocá-las em algum outro! É patético? Sem duvida, mas infelizmente é o que acontece.
Vivemos em uma permanente e alienante política da indiferença, todas as religiões empurram-nos para isso e por todas as religiões eu incluo também a mais recente fundada “santa ciência” com suas adaptações da realidade para que suas teorias incompletas se completem.
Esta indiferença surge do simples ato de jogar toda e qualquer realização grandiosa ou benéfica a um futuro utópico, seja o nirvana, a reencarnação, o paraíso ou um futuro tecnológico apimorado.
Isso rouba a potencia do “hoje”, nós podemos fazer grandes coisas HOJE, melhorar nossa vida agora, mas sempre colocamos uma trava, algo como “não vai funcionar por que envolve pessoas”.
Alegação mais doida de escutar não há, se alguém duvida de uma realidade positiva de comunhão na terra deveria parar tudo que esta estudando e esperar morrer para que pessoas melhores tomem seu lugar. Pessoas que queiram trabalhar em prol deste presente ao invés de apenas ficar passivo frente aos indivíduos que, reconhecendo o poder de mudança do homem, entorpecem qualquer senso critico com crendices parcas e estupidificantes.
Caso não tenha ficado claro ao longo do texto o que acredito ser o verdadeiro demônio; eu o sou, tu o és, nós, os que sabendo nada fazem, nós que concordamos que as coisas fiquem como estão, nós os “indiferentes”. Eu não quero mais ser este demônio, e tu? Por quanto tempo vai ficar culpando outros? Isso não funciona, isso não muda nada!